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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Poetando a mente


Quem quer poesia? Quem poeta o marasmo e a euforia. Quem poeta a vida em sintonia ao encanto. Quem poeta a simpatia, entretanto; Entre tantas belezas e algozes, belezas velozes que se arriscam a manchar de sorriso um rosto cansado. São eles que querem a poesia.

A poesia é necessária ao corado da face, ao vermelho da boca feminina, à firmeza do enlace, e à fatalidade da estricnina. A poesia preenche os vácuos do espaço sideral, e a poesia esvazia as angústias da alma.

O poetar é luxo, é consumo impróprio em qualquer idade, é absurdo cósmico, é conexão com a eternidade. O poeta é ser etéreo, é estar em eterna sublimação, evaporando aos poucos sem liquidar a sua razão. O poeta absorve o mundo como uma esponja, e quando seu coração se aperta, libera o líquido amniótico da poesia.

Quem quer poesia? Qualquer um.