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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

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Retiro das minhas mãos a sua responsabilidade e solto-a no ar. Respiro a liberdade de minhas escolhas, ausente de culpa e sanções. Retiro de meus olhos as emoções, são demasiadamente perigosas.

Respondo ao que me convém, guardando minhas opiniões no bolso, expondo minhas opiniões no modo como desejam ouvi-las, sonhando com minhas opiniões sem distorções, interrupções ou avaliações.

Sei que deliberam a meu respeito, mas deixei de aguardar Vosso preconceito há algum tempo. e vivo. Sei que praguejam meu respeito, mas insto na dignidade e coerência inumanas. Sei que decidem seus destinos de forma a afetar o meu, sei que determinam ações a forçar minhas reações.

Meu peito espremido e pesaroso com meus percalços tenta compreender as motivações do coração. Meu peito espremido e descontente segue abalado sem se importar com sua fama. Meu peito ilustrado e repetitivo amarga as iguais desilusões e inflexões da vida. Repito o memso ciclo há milênios, esperando vagarosamente a evolução e a libertação.

Retiro das minhas mãos as consequências de seus atos, e os frutos de suas escolhas e te solto no ar. Respiro a liberdade de te assistir no que me permitir. Retiro de seus olhos as lágrimas escorridas, enxugo-as com amor. Permito-te as opiniões e deliberações. Permito-te uma fama e honra. Permito-te viver as ilusões que escolher. Sei que decidem teu destino de forma a influenciar o meu.