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sexta-feira, 8 de junho de 2012

L'amore

É a brisa que paira e derrama sua chuva
sobre meu coração, antes seco,
e que agora transborda néctar e sucos


Às vezes aparece um ou outro beija-flor
que me encanta com sua solidez em pleno ar
e que me faz me sentir menor que sua pena
tal sua grandiosidade


O beija-flor sempre retorna, por mais que goste dos outros jardins
E nunca me deixa
e sempre retorna
como que para me enfeitiçar. 


Mas um dia o beija-flor vai embora
e é o ciclo da vida, 
para que não falte néctar a seus filhos. 


E eu sigo...
No jardim do meu coração
abalado pela garoa incessante que o alimenta


Encontro uma bromélia
Uma maldita bromélia no meu coração
como eu desejei que nascessem cravos e mais cravos
mas só nasceu a bromélia, no alto do ipê. 


Fico escondida aqui, no meio do jardim
crente de que ninguém vai me perceber
disfarçada no meio das flores azuis...

1 comentários:

Silas disse...

Eu posso até ser daltônico, mas sei muito bem que as outras flores não são azuis coisa nenhuma. Elas são rosas e brancas. There's only one flower whose petals are blue.