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domingo, 16 de junho de 2013

A boneca.

Eu sou pedaços desencontrados de cerâmica, que um dia formaram o desenho do meu sorriso, e ontem se encontravam espalhados pelo chão. E hoje tento juntar minhas mil migalhas varridas para o canto do quarto, e achei um pedaço do meu coração no meio do farelo do cérebro. Este se espatifou e se moeu, de tanto pensar e sem achar solução.

Meus delicados dedos de porcelana encontram-se desencontrados pela tua escrivaninha, com os esmaltes gastos pelo tempo que esperei para tocar na tua mão. Esperam a oportunidade em que você colocará cada dedo meu no devido lugar na minha mão, refazendo meu toque e meu tato sobre ti.

De íntegros apenas restaram meus olhos, melados pelo dissabor do rompimento do meu ser. Mas que mantém ainda o poder se observar o seu arredor e julgar com todas as forças. Meus olhos melados que te guardam ao som de blues, e despejam sua surpresa sobre o mundo.

E amanhã eu comprarei cola, para consertar minhas pernas.  E poder seguir em frente, pelos caminhos que escolher. Junto meus cacos, e vejo como posso me refazer da queda.


Ser uma boneca de porcelana tem suas desvantagens. 

2 comentários:

Ilderaldo Corrêa disse...

Mali,

Esse ficou mal escrito :/ Sorry pela sinceridade.

Ps. Você esqueceu de mim, mas não esqueci de você :D

Maria Ligia Ueno disse...

Eu gosto de sinceridade, blan. Não esqueci de você, não, só que não uso mais msn :P