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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um poema

Meu coração anda assim,
compassado como um relógio.
E assim ele anda, segundo por segundo,
Passando de hora em hora
Até chegar no dia seguinte.
E começar a passar pelos mesmos números
os mesmos ponteiros
É a repetição
que marcou meu coração.

Meu coração anda assim,
leve como um balão.
E assim ele anda,
Levado pelo vento
E pousando de chão em chão.
E começa a ver as florestas e montanhas,
Paisagens nunca repetidas,
E sempre de algo novo a desviar e observar.

Meu coração anda assim,
Esperto como um gato.
Pisando de leve com o sapato,
Desassossegado a certo instante.
Mas isso não é o mais gritante,
O é o fato dele não ser mais meu.
Agora que ele e dono de seu nariz faz só o que quer.





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