Eu confesso minha culpa,
Em sempre achar capivaras
expiatórias,
Confesso minha falta de jeito, a
da minha visão...
Eu só vejo bodes e cabras,
Não enxergo tuas capivaras.
Confesso ao
meu espelho as lágrimas que não permito que escorram em meu rosto, a ilusão que
não me é permitida guardar em meu peito. Minhas divagações criaram asas para
fugir pela minha janela e criar um sonho paralelo, em razão da ausência da
própria realidade. Confesso meu reflexo imperfeito e repelente.
Eu confesso
meu nascimento
Meu crescimento
Meu não
desenvolvimento
Como imaginado
e querido.
Confesso
loucamente minha lucidez enquanto que deságuo em meus lençóis, minha hidratação
não é reposta com groselhas ou refrigerantes. Minha hidratação não se repõe.
Eu seco,
E ressequida,
sou esmigalhada como as folhas secas.
E meus restos
são levados ao vento
E assim fico
varrida num canto do quintal.