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quinta-feira, 10 de abril de 2014

A língua do P

Meu peito apertado espreme minhas artérias.
E minhas artérias exprimem a dor que corre em meu sangue.
Pura expressão da confusão de pensamentos que me subtraem.
E diminuída de sanidade, reduzida ao fardo, sofro.
Sofrimento espremido, exprimido, extirpado e subtraído.

Se da transfusão do sangue que doei nada restou,
Se da minha pressão arterial multiplicam-se as tensões
Se da minha testa pesam todos
Se do caixote em que caibo sufocada não me abrem.

Por hoje sem alívio,

Apenas o sono dos injustos. 

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