Os sonhos não devem ser sonhados, são apenas letras que servem de apoio para a sanidade não deixar de ser a cura. E que esta seja a cura para nenhum dos males, porque os males são o que fazem as pessoas saberem que não morreram, que seja a cura do sorriso e das lágrimas, para se superar as barreiras intransponíveis e as prisões inescapáveis.
E os pesadelos que se tornaram realidade são apenas avisos da morte para virem a ser abortos de alegrias e da vida. A vida é bela por ser dura e cruel, pois não há nada mais belo que o homem sem remorsos e sem cura.
E que toda palavra que o escritor decifrar se volte contra ele e o asfixie, que o devore piedosamente pedindo perdão por ter sido escrita e por ter sido eleita a melhor de todas. Essa palavra é quente e viva, tem personalidade e sentimentos, e tudo que ela vive e sente é a amargura de existir, de ter sido escrita.
E cada chama reversa clama para ser apagada com ácool do sangue translúcido que corre até o cérebro e destila seu amor em forma de rancor contra quem não foi amado
Que todo escritor saiba que palavras são rancores vermelhos que refletem a personalidade fonética da íris. E elas matam de fora para dentro, como o ácido que se infiltra e corrói os poros. Palavras são apenas sonhos decifrados.
sábado, 22 de novembro de 2008
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