quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Uma pedra
domingo, 4 de dezembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Non legere questo mai!
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
A solidão desta casa me persegue, é impressionante como ela se move pelos cômodos, pelas paredes, parece que advinha meu pensamento e lá está ela a me espreitar. E é e sentindo só que vivo, eternamente, trancafiada nessas paredes, que mudam de endereço e me acompanham no todo e sempre. São elas a minha maior companhia. E a solidão me ilumina, numa lâmpada azul e fraca, uma luz lânguida, bailando e se divertindo assistindo meus bastidores.
Eu insisto em me livrar dessas amarras, que me prendem a sombra que não é minha. Odeio o vazio que preenche meu quarto, odeio o vazio que brota do meu aparelho de TV na esperança de me entreter e esquecer que não há mais ninguém aqui. Acho que é por isso que gosto de deixara TV ligada a tôa, ouvir outra voz que não a dos meus pensamentos é reconfortante.
Oi, Sahel, você sempre me deixa assim, percebendo tristemente minha realidade. Acordando dia após dia olhando meu teto branco, vendo flores onde não há nada. Sahel, que destino você me ocupa, acompanho, mas não tenho acompanhante. Queria ouvir mais a sua voz, Sahel, saber que o mundo é maior que este quarto, e que há mais almas do que vejo agora.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Neurose
Não engorde
Não emagreça
Seja boa
Seja honesta
Não tenha raiva
Não me faça me sentir mal
Se não tem algo bom a dizer fique calada
A sua dor não é importante se sua pele ficar bonita
A sua dor não é importante se seu corpo ficar escultural
Seja delicada
Seja educada
Não fale alto
Não fale tão baixo
Não fale
Você tem que ser feliz o tempo todo
Não coma porcaria
Não seja vegetariana
Suas mãos devem ser femininas
Use brincos
Use sapatos bonitos e nada confortáveis
Use salto alto e prejudique sua coluna vertebral
Sua dor não é importante se for para ser sensual
Não use roupas indecentes
Não use as roupas da sua avó
Não minta
Não me fira
Aceite meus defeitos
Mas não tenha os seus
Pare de se cobrar
Você tem que conseguir
Só cólica?
Pare de chorar
Não tenha ciúmes
Você tem que me satisfazer
Seja perfeita!
terça-feira, 26 de abril de 2011
o amor é
Descobri que te amo. E que isso tem bastante tempo. Pois é, só soube agora. Pode me chamar de silly, fool. Quem ama, quando ama, fica assim mesmo. E a gente faz tantos planos, imaginamos milhares de beijos, carícias. Gastamos tempo pensando em milhões de jeitos de dizer "eu te amo" sem ser piegas, para na hora dizer apenas “eu te amo”, no modo mais piegas possível, e esquecer todo aquele lindo discurso camoniano preparado com imenso esmero e capricho.
O amor é lindo, une vidas imiscíveis, transforma brigas em guerras, e guerras em acordos de paz. E os acordos de paz são assinados com tintas vermelhas da cor das rosas e dos bombons de cereja. E é assim que me sinto com você, meu amor. Que tudo é possível, que tudo é permitido. Que nós, juntos, formamos uma liga de super-heróis que tudo pode, nós podemos resolver tudo.
E por que te amo? Não que haja uma razão para isso, mas você é minha alma gêmea. Você é meu porto seguro, é a quem eu recorro quando a noite fica mais fria. Você é aquele que me entende quando eu falo, que me escuta quando digo, que me acolhe quando tenho medo. E não apenas isso, afinal a relação envolve reciprocidade. Mas, eu assim espero, que seja a mim a quem você recorra quando a noite fica mais fria, que seja eu que te escuta quando você fala, que eu te entenda, e eu te acolho, sempre que você me buscar. É assim que te amo, querendo te dar conforto enquanto me aconchego no seu colo, dialogando e discutindo sobre tudo que te envolve, me envolve, nos envolve e não nos envolve. É assim que te amo, acendendo uma pequena vela que quebra a escuridão do quarto, e ilumina o nosso amor.
Sinto saudades de você cada vez que abro meus olhos. Sem você meu riso falha, meu coração desnorteia e minha alma perde o canto. É assim, que percebo que te amo.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Por que eu escrevo o que você já sabe? Ah, meu amado, meu coração lhe pertence. Eu perdi a conta dos dias, das horas. Só sei que é seu, porque se recusa a obedecer meus comandos. E eu percebi que perdi o controle muito tarde, mas não o suficiente, tive tempo para me render pacificamente. E assim foi, minha rendição se deu de forma inesperada. Quando até você estava cansado de lutar, me entreguei.
A minha sorte cruzou a sua, e nenhuma cigana previu. E quando dei por mim, já estava entregue em teus braços, num emaranhado de emoções. E quando dei por mim, já estava gostando de estar entregue em teus braços, num emaranhado de emoções. A roda da fortuna girou novamente,puxando o laço que nos unia, apertando-me em você. E agora? Eu disse. Agora não tem mais jeito, você respondeu.
O balé apenas começava, mas já estávamos bailando ao som do romantismo tradicional. Dois para lá e dois para cá. Nossos passos compassados fizeram a trilha do que somos hoje, e do que seremos amanhã. E a batida da música que dançamos é a do coração.
Te amo.