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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Uma pedra

Hoje eu sinto que está tudo bem
que posso atravessar a pedra
que tapou o meio do meu
caminho
E que posso movê-la para o passado
to forget and to forgive
como diz a música.

E eu posso seguir em frente
e se eu olhar para trás
sorrirei
porque deixei o atrás para trás.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Hoje eu estou azul
Não como é o céu
nem como é o mar
Mas é o meu azul
não muito claro, nem muito escuro
Não resplandece
Nem ilumina
É um azul inotório
É um azul não-azul
Quem ninguém se dá ao trabalho de perceber.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu sei que me deixo levar pelo passado
e pela minha tristeza que insisto em reter
junto ao meu coração.
Mas não é por mal,
é a minha natureza - disse o escorpião.
Eu sei que falho, e não são poucas vezes
eu sei,
não precisa me dizer
nem com os olhos.
Mas as coisas não funcionam assim,
palavras são só palavras
e o que mantém meus músculos firmando meus ossos
são ideais, como V disse no seu filme.
Eu não quero te fazer sofrer
nem ser uma muralha
Mas eu não tenho opções
que não sejam ruins
Perdão, Amor, eu sou assim
eu tenho a capacidade de corromper até você,
o sentimento mais lindo do mundo.
Perdão, Amor, eu sou assim
na ânsia de lhe ter, te afastei de mim.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pois é, lá se foi mais um dia. E graças ao céus que ele se foi, no mais o estresse me agulha os ossos das pernas, e faz com que me arraste à todos meus compromissos. Aliás, só chamo de compromissos para que eu me deixe levar pela preguiça de ficar em casa, dormir e esquecer que existo, esquecer que sou ignóbil.

Odeio sentir ódio, esse sentimento me corrói por dentro como se fosse um ácido forte borbulhante e derretendo tudo que toca. Mas teria eu escolha? Se escolhi ser humana me sujeitei a todos os sentimentos passíveis dos seres sensíveis,, pois então que venha a raiva, o ódio... e que me agrida, da forma mais severa possível porque eu não consigo. Pois é, sou uma covarde, mal tenho forças para me levantar da cama, não me exijo capacidade para estapear minha própria face, apesar de ser muito merecido.

Deve ter algo de podre dentro de mim, e eu acho que meu interior funciona como um saco de laranjas, o que há de podre apodrece o seu entorno, e consecutivamente em escala exponencial. O que será que já foi apodrecido dentro de mim por esse ódio? Antes fosse sangue... saindo por todos meus poros, escorrendo pelas minhas mãos, mas é ódio.

Mas desconfio da causa do meu mal-estar, mas não será hoje que publicarei isto, leitor. Agradeço a paciência, mas hoje deixo a critério de tua imaginação. E que agora venha a tristeza!


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

La douleur...

Non so piu che mio core sostegna, la dolore cammina per mio ventre e brucciame.
Che posso fare? Niente. Solo ammirarte lontano.
Io te voglio tanto bene, ma e tu? Me vuoi bene anche?
Non lasciarmi, te chiedo. Ma e dopo? Tu mi laceri.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Non legere questo mai!

Io mi sento cattiva oggi,
Cattiva perchè te voglio vicino a me
E tu mai sarai
Io te capisco, mio bello.
Non lo so se io sarei vicino a una persona come io
Ma io so che saro sempre vicino a te
Se tu me permetti, è chiaro.
Non te preocupare com che quello che io vedo
Vieni qui, dove io posso abbraccialo

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Eu choro, minhas lágrimas lamentam esse mundo de dor. Choro pela crueldade humana, choro pela insensibilidade com que a vida é vista. Choro porque não fui capaz. Choro porque meu atraso tem as piores consequências possíveis, mas que não me afligem, como seria o devido. Eu choro pelo mundo em que vivo, impossibilitado de mudar.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Não adianta negar, eu sinto na carne a tua mágoa porque a brisa passou. Eu sinto na minha carne o calor da brisa queimando, levando as suas cinzas para longe de mim. Não adianta negar, a brisa esvoaça seus cabelos como eu nunca consegui bagunçar com as mãos, e você distraído olha para o céu, absorvendo a energia do sol, enxergando o paraíso. Nem peço para que você fique, só posso te oferecer a realidade mundana da vida, a realidade podadora de sonhos e desejos. Pode ir, Pinòcchio, vai lá virar menino de verdade, ao meu lado temo que você nunca deixe de ser um boneco; vai lá, Pinòcchio, vai ser gauché na vida, segue a brisa de tua fada azul.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A solidão desta casa me persegue, é impressionante como ela se move pelos cômodos, pelas paredes, parece que advinha meu pensamento e lá está ela a me espreitar. E é e sentindo só que vivo, eternamente, trancafiada nessas paredes, que mudam de endereço e me acompanham no todo e sempre. São elas a minha maior companhia. E a solidão me ilumina, numa lâmpada azul e fraca, uma luz lânguida, bailando e se divertindo assistindo meus bastidores.


Eu insisto em me livrar dessas amarras, que me prendem a sombra que não é minha. Odeio o vazio que preenche meu quarto, odeio o vazio que brota do meu aparelho de TV na esperança de me entreter e esquecer que não há mais ninguém aqui. Acho que é por isso que gosto de deixara TV ligada a tôa, ouvir outra voz que não a dos meus pensamentos é reconfortante.


Oi, Sahel, você sempre me deixa assim, percebendo tristemente minha realidade. Acordando dia após dia olhando meu teto branco, vendo flores onde não há nada. Sahel, que destino você me ocupa, acompanho, mas não tenho acompanhante. Queria ouvir mais a sua voz, Sahel, saber que o mundo é maior que este quarto, e que há mais almas do que vejo agora.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Neurose

Não engorde

Não emagreça

Seja boa

Seja honesta

Não tenha raiva

Não me faça me sentir mal

Se não tem algo bom a dizer fique calada

A sua dor não é importante se sua pele ficar bonita

A sua dor não é importante se seu corpo ficar escultural

Seja delicada

Seja educada

Não fale alto

Não fale tão baixo

Não fale

Você tem que ser feliz o tempo todo

Não coma porcaria

Não seja vegetariana

Suas mãos devem ser femininas

Use brincos

Use sapatos bonitos e nada confortáveis

Use salto alto e prejudique sua coluna vertebral

Sua dor não é importante se for para ser sensual

Não use roupas indecentes

Não use as roupas da sua avó

Não minta

Não me fira

Aceite meus defeitos

Mas não tenha os seus

Pare de se cobrar

Você tem que conseguir

Só cólica?

Pare de chorar

Não tenha ciúmes

Você tem que me satisfazer

Seja perfeita!

terça-feira, 26 de abril de 2011

o amor é


Descobri que te amo. E que isso tem bastante tempo. Pois é, só soube agora. Pode me chamar de silly, fool. Quem ama, quando ama, fica assim mesmo. E a gente faz tantos planos, imaginamos milhares de beijos, carícias. Gastamos tempo pensando em milhões de jeitos de dizer "eu te amo" sem ser piegas, para na hora dizer apenas “eu te amo”, no modo mais piegas possível, e esquecer todo aquele lindo discurso camoniano preparado com imenso esmero e capricho.


O amor é lindo, une vidas imiscíveis, transforma brigas em guerras, e guerras em acordos de paz. E os acordos de paz são assinados com tintas vermelhas da cor das rosas e dos bombons de cereja. E é assim que me sinto com você, meu amor. Que tudo é possível, que tudo é permitido. Que nós, juntos, formamos uma liga de super-heróis que tudo pode, nós podemos resolver tudo.


E por que te amo? Não que haja uma razão para isso, mas você é minha alma gêmea. Você é meu porto seguro, é a quem eu recorro quando a noite fica mais fria. Você é aquele que me entende quando eu falo, que me escuta quando digo, que me acolhe quando tenho medo. E não apenas isso, afinal a relação envolve reciprocidade. Mas, eu assim espero, que seja a mim a quem você recorra quando a noite fica mais fria, que seja eu que te escuta quando você fala, que eu te entenda, e eu te acolho, sempre que você me buscar. É assim que te amo, querendo te dar conforto enquanto me aconchego no seu colo, dialogando e discutindo sobre tudo que te envolve, me envolve, nos envolve e não nos envolve. É assim que te amo, acendendo uma pequena vela que quebra a escuridão do quarto, e ilumina o nosso amor.


Sinto saudades de você cada vez que abro meus olhos. Sem você meu riso falha, meu coração desnorteia e minha alma perde o canto. É assim, que percebo que te amo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Por que eu escrevo o que você já sabe? Ah, meu amado, meu coração lhe pertence. Eu perdi a conta dos dias, das horas. Só sei que é seu, porque se recusa a obedecer meus comandos. E eu percebi que perdi o controle muito tarde, mas não o suficiente, tive tempo para me render pacificamente. E assim foi, minha rendição se deu de forma inesperada. Quando até você estava cansado de lutar, me entreguei.


A minha sorte cruzou a sua, e nenhuma cigana previu. E quando dei por mim, já estava entregue em teus braços, num emaranhado de emoções. E quando dei por mim, já estava gostando de estar entregue em teus braços, num emaranhado de emoções. A roda da fortuna girou novamente,puxando o laço que nos unia, apertando-me em você. E agora? Eu disse. Agora não tem mais jeito, você respondeu.


O balé apenas começava, mas já estávamos bailando ao som do romantismo tradicional. Dois para lá e dois para cá. Nossos passos compassados fizeram a trilha do que somos hoje, e do que seremos amanhã. E a batida da música que dançamos é a do coração.


Te amo.