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terça-feira, 26 de julho de 2011

A solidão desta casa me persegue, é impressionante como ela se move pelos cômodos, pelas paredes, parece que advinha meu pensamento e lá está ela a me espreitar. E é e sentindo só que vivo, eternamente, trancafiada nessas paredes, que mudam de endereço e me acompanham no todo e sempre. São elas a minha maior companhia. E a solidão me ilumina, numa lâmpada azul e fraca, uma luz lânguida, bailando e se divertindo assistindo meus bastidores.


Eu insisto em me livrar dessas amarras, que me prendem a sombra que não é minha. Odeio o vazio que preenche meu quarto, odeio o vazio que brota do meu aparelho de TV na esperança de me entreter e esquecer que não há mais ninguém aqui. Acho que é por isso que gosto de deixara TV ligada a tôa, ouvir outra voz que não a dos meus pensamentos é reconfortante.


Oi, Sahel, você sempre me deixa assim, percebendo tristemente minha realidade. Acordando dia após dia olhando meu teto branco, vendo flores onde não há nada. Sahel, que destino você me ocupa, acompanho, mas não tenho acompanhante. Queria ouvir mais a sua voz, Sahel, saber que o mundo é maior que este quarto, e que há mais almas do que vejo agora.

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