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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A perda


As minhas saudades são reverberantes, e as sinto até os ossos, fazendo as costelas oprimirem a respiração. Minhas saudades fazem meus dedos tremerem, contorcerem o ar enquanto massageiam a traqueia desoxigenada. Sintonizo as lembranças e as lágrimas brotam incontroláveis; salmouras, e dessecam minhas lembranças, conservando-as em minha alma.

O meu amor duradouro remanesce à sua perda; meu amor é bombeado conjuntamente no ritmo dos batimentos. O meu amor resguardado é salteado, refogado e refogueia em minhas mãos, enquanto tento lhe alcançar. O meu convalescente seca o sangue condoído de minhas veias, escorrido do coração.


A minha perda é insondável, imensurável e sem prazo. A minha perda me perdeu no tempo, nas lembranças, nas lágrimas e nas saudades. A minha perda é silenciosa, respirar tornou-se dolorido hoje, e o sono um refúgio para lhe encontrar. A minha perda é irretratável, e somente a perda de mim poderá solucionar. A minha perda foi a solução incabivel, e me deixou inconsolável. Eu lhe perdi, mas amei teu amor.

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